Por Joel Comiskey
Mesmo que eu tenha escrito Home Cell Group Explosion (“Explosão
Celular”, em tradução livre) dezoito anos atrás, os conceitos ainda são
verdadeiros. O foco do livro foi o evangelismo celular que leva à
multiplicação e sobre como o evangelismo celular é a principal diferença
entre as células e os pequenos grupos.
As células, em contraste com muitos grupos pequenos, são abertas,
orientadas para o evangelismo e estão intimamente entrelaçadas com a
vida da igreja. Elas se reúnem semanalmente para desenvolver uns aos
outros como membros do Corpo de Cristo e para espalhar o evangelho
àqueles que não conhecem Jesus.
De onde vem esta ênfase? Sim, da Bíblia. Mas, mais recentemente, de
John Wesley (1703-1791) e David Yonggi Cho (80 anos). Wesley não ficava
convencido de que alguém tinha feito uma decisão por Cristo até que a
pessoa se envolvesse em um pequeno grupo. As classes de Wesley (células)
serviam como uma ferramenta evangelística (a maioria das conversões
ocorriam neste contexto) e como agente de discipulado. O evangelismo
ocorreu principalmente nas reuniões de classe e no coração das pessoas
nas horas seguintes às reuniões. Wesley reconheceu que o início da fé de
uma pessoa poderia ser incubado de forma mais eficaz no ambiente
cristão caloroso da célula.
Se Wesley foi o precursor do movimento de pequenos grupos, David
Yonggi Cho inaugurou a nova era. Cho, o pastor fundador da maior igreja
na história do cristianismo, em Seul, Coreia do Sul, credita o
crescimento de sua igreja ao sistema celular. Ele comissiona cada célula
para trazer os não-convertidos a Jesus Cristo, com o objetivo de
multiplicar a célula. Se os líderes de células não conseguem alcançar
seus objetivos, Cho os envia ao retiro Montanha de Oração da igreja para
jejuarem e orarem.
A comunidade é uma parte encantadora do ministério celular, mas as
células não devem afundar concentrando-se exclusivamente na comunhão. Na
minha própria célula, nós temos uma meta de alcançar duas novas pessoas
ainda este ano. A cada reunião nós colocamos duas cadeiras vazias e
oramos pelas duas novas pessoas. Nós regularmente saímos para
evangelizar, orar pelas pessoas e distribuir alimentos. Nós voltamos
dessas excursões renovados como um grupo.
O evangelismo celular tira a pressão de uma única pessoa e dá a todos
a oportunidade de exercer sua fé e se tornar discípulos no processo.
Não é a experiência de uma pessoa fazendo o trabalho do ministério. Pelo
contrário, é uma experiência compartilhada. Líderes de células sábios
entendem isso e capacitam todos no grupo a fazerem a sua parte.
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